5 de junho de 2009

Verdades a Sara

Acredito na veracidade das coisas. Na exactidão tão crua com que acontecem, na simplicidade dos gestos e dos sorrisos, na sinceridade de um sundae de chocolate ou caramelo, conforme o gosto, numa mesa desgastada. Acredito em calcorrear passeios e conversar. Acredito nos laços. Nos fortes. Naqueles que nos ligam como uma família. Acredito que se adivinha mais nos teus olhos que nas tuas palavras. Acredito também que os meus olhos ainda te adivinham por perto, mesmo que seja mentira. Eu fico feliz se acreditar nisso, por isso construo esta verdade cá dentro, edificada como um castelo de cartas mas forte como as amarras.
Os laços… os laços são como as folhas… depende da árvore. A nossa árvore não é de folha caduca. Passamos pela vida ao sabor das quatro estações, às vezes beijadas pelo sol, outras vezes abandonadas à mercê do Inverno, teimando em não cair, agarrando as crenças. E eu acredito em crer!
Sei que hás-de andar por perto caminhando em frente, teimando em não cair. Vejo-te nos recantos das minhas memórias agarrada a uma boneca maior que tu, sempre a rir, a ser uma boa menina, sempre feliz, a debicar em bolos doces, a dizer as primeiras palavras, a chorar, a ser amiga, a fazer birra, a brincar, a ser sincera, a escrever um livro, a entrar na faculdade com o traje académico, a ser boa pessoa, a trabalhar, a crescer, a ser uma grande mulher, a ser quem és. Forte como as amarras. Agarrada à vida como as folhas das árvores.
Eu acredito nos laços, já disse. Preciso de saber que andas por perto e de te saber feliz. Às vezes os laços medem-se pelas acções, quebram-se com palavras, mas os meus laços são fortes como as amarras.
Acredito em ti e preciso de te saber feliz. E é tudo o que preciso para a minha amizade ser uma verdade constante. Porque acredito na veracidade das coisas.

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