14 de março de 2009

Auto-retrato

Verdes, pousam em tudo o olhar, cheios de uma esperança presa junto ao peito. Avaliam, inquirem, ordenam, suplicam, amam, ganham e perdem, mas não desistem. Choram muito, demais. A rir e a sofrer. Verdadeiros, nobres, transparentes. Porta de entrada.


Sorriso fácil, rasgado de 8 a 80. Falo tudo de um trago, imperativa, impulsiva e consciente, má, meiga, mulher, menina.


Quero ser e saber, quero chegar, para ontem, se faz favor. Escolhi a presunção em detrimento da água benta. Pouco modesta. Gráfica. Dramática. Reaccionária.


Gosto de gostar de pessoas. Da integridade nos laços, da lealdade, do amor, o amor… Da simplicidade e candura dos gestos. De não estar nada escrito e de nada ser por acaso.


Gosto da beleza de tudo o que não se transcreve. Mas gosto de tentar.